Doença que me possui

Vidas interrompidas 

nos meandros da dor

da descoberta ensombrada

Sonhos esquecidos

nos passos frágeis 

dum futuro enegrecido

Esboços de sorrisos 

disfarçados

de inexistente alacridade

camuflam

a dor de desistir

Alastra-se a doença maldita

perguntas sem resposta

afloram

aos lábios humedecidos

Preces inaudíveis 

ressoam na mudez da vida

revoltas angustiadas

cegam o ser

fatigado de questionar

Forças encobres invadem 

o corpo

privado de reacção

elevam 

a vontade de viver

No silencio da noite

No silêncio da noite,
Ouço a Lua sussurar,
Diz-me Que te vê,
Então fecho os olhos para te encontrar...

Dizes me com uma voz doce,
Que me queres abraçar,
Estendo te a mão,
Mas apenas a Lua consigo tocar...

Distante ela está,
Mas consigo alcança-la com o olhar,
Tu estás em meu coração,
E nem te consigo falar...

Lua minha amiga,
Ouve todas as minhas preces,
Fazes sorrir De manha a vida,
E visitas me todas as noites, não te esqueces...

Vejo te no Céu a brilhar meu amor,
Penso sempre que aquela estrela és tu,
Pois ela orienta qualquer norte,
E o meu é orientado por ti, fazes-me forte....

Mostras-me o caminho sem saber,
Das-me força sem dizer,
Das-me um abraço À distancia,
Porque o meu amor por ti não se mede, mas tem KM de distância...