quinta-feira, 29 de abril de 2010

Sonho Meu



Acordo com insónia,
Penso na vida madura,
Em grande memoria,
de uma vida obscura,

Já dei mil gargalhadas,
Já fiz em mil sorrisos,
Abri muitas estradas,
Vi muitos paraísos,

Vi muita fantasia,
Já tive tanta mulher,
Mas não a que eu queria
Nem sei onde anda sequer,

Só sei que nada sei,
Enquanto não souber,
Não sei onde acabei,
Nem sequer,

Onde comecei,
Vida efémera de dor,
Apenas escorreguei,
dando de caras com o amor,

Eu vi lá estava ela,
À entrada á minha espera,
Pensei ‘’que bela’’,
Que fosse ela, quem me dera!

A princesa que faria,
De mim um homem ,
‘’Meu Príncipe’’ me chamaria,
Mas não vai nem vem,

Andamos navegando no barco da vida,
Navegando na onda,
Onde também perdida,
Nos braços de uma anaconda,

Nos espremendo pouco a pouco,
tentamos fugir,
Grito ate ficar rouco,
Tento ate alguém me acudir,

Desistir?
Não existe tal palavra!!!
Luta até conseguir,
E ninguém te trava!!

Ajudar já ajudei,
Abandonar nunca abandonei,
Fazer mal nunca fiz,
Nem muito menos de alguém já fui juiz,

Apenas fui um réu da vida,
Sempre sozinha,
Sempre perdida,
A minha vizinha, não era a minha.

Vivo na dor,
Mergulhada no passado,
Vivo no desamor,
De ser abandonado,

Menino problemático ,
Sem pai nem mãe a acompanhar,
Não é ser sarcástico,
Mas apenas a sua avó para o criar,

Com apenas 3 anos de idade ,
Sua mãe o deixa sem lar,
O pai já tinha passado na verdade,
E lá começou ele a lutar,

A dor da morte também a conheci,
O Meu abandono,
Foi apenas uma batalha que venci,
Mas ainda faltava a guerra e o transtorno,
Porque ate agora perdi,

Eu já tive um sonho,
Criar uma família sem dor,
Ter um filho com um futuro risonho,
E cria-lo com muito amor,

Falta alguém que espero?
Ou será que já encontrei?
Já a vi passar?
Isso ainda não sei.
Mas será que ainda muito tenho de esperar?

Um dia ao passar,
Vou te olhar,
Saberei em teus olhos que reflectem o luar,
Sorriso devastador,

Apaixonei-me só de olhar,
Minha princesa te chamarei,
Esses olhos a brilhar,
Um beijo te darei,

E ai Efémera vida,
Ajoelhar-me hei perante ti,
E direi : casa comigo querida,
E ai , o meu sonho eu cumpri.

O poeta do seculo XXI

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